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Segunda - 26 de Maio de 2014 às 19:26
Por: Adamastor Martins de Oliveira

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O deputado estadual José Riva (PSD), preso na semana passada pela Polícia Federal, admitiu ter pego empréstimos pessoais com o delator da Operação Ararath, Junior Mendonça. Riva disse aintar ter uma relação de ‘amizade’ com Mendonça. Em entrevista coletiva concedida na manhã desta segunda-feira (26) ele negou, porém, qualquer relação com o ex-secretário de Estado, Éder Moraes, no sentido de intermediar empréstimos ou obter vantagens finaceiras.


“A minha relação com o Júnior Mendonça, acho que é a de Cuiabá inteira. Conheço e tinha com ele uma relação de amizade. Esse (que aparece na Ararath) não foi o único empréstimo pessoal que fiz. Só quero ressaltar que não tem absolutamente nada a ver com a coisa pública, nem com a Assembleia Legislativa”, afirmou.

Riva não consta da lista de ‘pagamentos’ ou intermediação de empréstimos apreendida na Casa de Éder Moraes, onde estavam os nomes de vários deputados e empresas. A relação de nomes seria onde o ex-secretário alimentava um ‘sistema’ de compras de apoio político e financiamento de campanhas.

“Não tenho relação alguma com Éder sobre isso, não preciso dele pra nada, ainda mais para intermediar empréstimo meu. Saí da cadeia ontem, mas tenho certeza que se hoje eu precisar de empréstimo, consigo com qualquer um ou instituição financeira”, disse.

O deputado avaliou como ‘comum’ o ato de efetivar empréstimos com conhecidos e amigos. “Se eu fosse citar aqui o tanto de gente que estou vendo neste auditório e que já pegou empréstimos com amigos, ia ter que citar o nome de muita gente”, disse.

Em 2008, de acordo com o depoimento do delator do esquema, Gércio Marcelino Mendonça Júnior, toda a articulação para abastecer o 'sistema' teria tido início com um empréstimo no valor de R$ 4 milhões tendo por garantia uma nota promissória de mesmo valor na qual constava como emitente e avalista Silval e o ex-secretário de Estado de Fazenda, Eder Moraes.

O deputado também teria se beneficiado do esquema, com um empréstimo no valor de R$ 3 milhões. Ele confirmou a negociação, mas não prestou detalhes sobre a mesma. “Posso afirmar que tudo o que foi apreendido tem origem lícita e que não houve pagamento com dinheiro público. No momento certo tudo será esclarecido, até porque acho que toda a investigação está comprometida diante da quebra do sigilo”.

O parlamentar acusou o senador Pedro Taques (PDT) de estar “por trás” da sua prisão na semana passada, durante a quinta fase da Operação Ararath, deflagrada pela Polícia Federal no combate a crimes contra o sistema financeiro e lavagem de dinheiro. O deputado alega que as informações repassadas à PF na delação premiada feita por Júnior Mendonça teriam sido a mando do pré-candidato do PDT ao governo de Mato Grosso.

Riva acusa Taques de arquitetar sua prisão com “comitê da maldade”
Riva está probido de deixar o país por três meses e de manter contatos com investigados pela PF

De acordo com Riva, Taques teria “arquitetado” a delação premiada de Mendonça junto com o que classificou de 'comitê da maldade'. “Essas perseguições são porque eu não tenho medo de falar o nome de Pedro Taques”, justifica Riva.

“Se alguém um dia investigar o senhor Pedro Taques, vai constatar que ele mente. Imagina um cara que na sua primeira disputa ter que mentir na sua prestação de contas? Declara que voou apenas oito horas e voou mais de 100”.





Fonte: Midia News

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