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Policia MT
Quinta - 21 de Julho de 2016 às 18:41
Por: Wesley Santiago - Olhar Direto

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O cuiabano Joaquim Lara Pinto, apontado como um dos principais suspeitos na morte do enteado dele, Rodrigo Lapa, 15 anos, em Portugal, negou que tenha cometido o crime. Além disto, a defesa do mato-grossense ainda ressaltou aoOlhar Direto que ele se apresentou espontaneamente à Polícia Federal (PF), mesmo sem ter nada de oficial sobre a participação dele no caso. Na noite da última quarta-feira (20), o pai do garoto, Sérgio Lapa, concedeu entrevista à reportagem e disse não ter dúvida da participação do brasileiro.


“As passagens do Joaquim foram compradas com mais de um mês de antecedência antes da data que o garoto sumiu. Não há o que se falar em fuga, não tem nada de oficial contra o Joaquim. Ele encontra-se realmente na região com familiares e, repito, não há sequer uma investigação contra o meu cliente”, disse Raphael Arantes, um dos advogados de defesa.

A defesa do cuiabano ainda ressalta que como as denúncias se aglomeraram, ganharam força nas redes sociais e imprensa, apontando ele como o possível assassino de jovem português, resolveu se apresentar à Polícia Federal (PF): “Eles nos procurou e nós fomos até a Polícia Federal (responsável pelo caso) de forma espontânea. Isso aconteceu há três meses, levamos toda a documentação, inclusive o passaporte”.

“O Joaquim se comprometeu a comparecer a todos os autos processuais que possam ter. Além disto, sempre frisando que espontaneamente, não irá deixar a cidade sem permissão, ainda que não haja qualquer impedimento para isto. A justiça sequer o chamou. Meu cliente foi até à PF como forma de boa fé, inclusive apresentando o passaporte, que comprova a compra das passagens antes do crime”, acrescentou o advogado.

Por fim, Raphael revelou que o cuiabano se sentiu injustiçado e busca uma solução pra este caso: “Queremos que futuramente cesse esta acusação que ele coloca como inverídica”, finalizou o advogado.

Revolta

O pai do jovem português Rodrigo Lapa, Sérgio Lapa, concedeu uma entrevista exclusiva ao Olhar Direto na noite da última quarta-feira (20) e relatou o drama que vive nos cinco meses após a morte do garoto, que foi assassinado em fevereiro deste ano em Lagoa (Distrito de Faro, em Portugal). O cuiabano Joaquim de Lara Pinto, padrasto do menino, é apontado como o principal suspeito do crime. Na entrevista, Sérgio afirma que mataria o responsável pelo crime e que descobriu o que era ódio após o homicídio.

O caso

O cuiabano Joaquim de Lara Pinto é alvo de investigação da Polícia Judiciária (PJ) de Portugal que apura a morte do enteado dele, Rodrigo Lapa, 15 anos, que foi encontrado morto a 100 metros de casa, em Lagoa, após uma semana de desaparecimento. O mato-grossense já tinha as passagens para o Brasil compradas um mês antes da morte do adolescente. Segundo a imprensa local, ele é apontado como o principal suspeito.

De acordo com as informações da imprensa local, o adolescente desapareceu no dia 22 de fevereiro, mesmo dia em que Joaquim retornou ao Brasil. Rodrigo Lapa foi encontrado com as mãos amarradas e uma corda atada ao pescoço. Segundo a mãe do garoto, Célia Barreto, o cuiabano já havia marcado a viagem há um mês.

Exames complementares divulgados pela Polícia Judiciária de Portugal apontam que o jovem Rodrigo Lapa, de 15 anos, foi morto por estrangulamento mecânico, provavelmente pelo braço de seu padrasto, o cuiabano Joaquim Lara Pinto. Depois se contradizer em vários depoimentos e alegar que padrasto e enteado tinham uma boa relação, a mãe do adolescente, Célia Lapa, confessou ter presenciado a agressão sofrida por Rodrigo e ouvido seus gritos no dia do assassinato.

Após uma discussão, Joaquim teria se escondido e esperado o adolescente sair do quarto para agarrá-lo pelo pescoço e arrastá-lo para a cozinha da casa onde viviam, mantendo-o imobilizado. De acordo com a imprensa portuguesa, a mulher alegou não ter contado isto à polícia antes por medo de que Joaquim fizesse alguma coisa contra ela ou contra a filha que tem com ele, que na época tinha seis meses. Mesmo assim, a mulher teria mantido contato por telefone com o companheiro após o crime.





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