Idosos e pessoas com deficiência motora terão o direito de receber vacinas em seus domicílios, caso um Projeto de Lei, de autoria do presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, deputado Guilherme Maluf (PSDB), seja aprovado e sancionado. A proposta pretende assegurar a saúde dessas pessoas a partir da facilitação de acesso às vacinas fornecidas pela rede pública.
“As campanhas de vacinação exigem que as pessoas se dirijam até os locais de vacinação para receber as doses, porém, por questões de idade ou de dificuldade de locomoção, algumas ficam impossibilitadas de se deslocar e acabam não se protegendo de doenças. O ideal é que essas pessoas sejam atendidas em suas casas”, observou Maluf.
O deputado lembrou ainda que a dificuldade de locomoção aos pontos de vacinação é um dos fatores que prejudicam os resultados das campanhas realizadas pelo governo e que a adoção de medidas profiláticas resulta na economia de recursos públicos.
“A cobertura apenas parcial dessas campanhas dá margem à proliferação de doenças na população que mais necessita de atendimento”, acrescentou.
Para efeitos da lei, considera-se domicílio, além do domicílio civil, as entidades de atendimento públicas ou sem fins lucrativos conveniadas com o poder público, nas quais as pessoas dos grupos citados estejam abrigadas ou recebendo assistência.
O presidente do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa (CEDEDIPI), Francisco Delmondes Bentinho, parabenizou o deputado Guilherme Maluf pela proposta e afirmou que a medida resultará em melhorias à saúde dos idosos mato-grossenses.
“Fico muito feliz de saber que o deputado apresentou essa proposta. Isso vai ser muito bom para os idosos, que não se locomovem com a mesma facilidade que os jovens e, por isso, muitas vezes deixam de ir aos postos de saúde para se vacinar. Espero que esse projeto seja aprovado”, declarou.
Conforme censo realizado em 2010 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Mato Grosso possui quase 85 mil idosos. O instituto também apontou, em 2015, que 1,3% da população brasileira possui algum tipo de deficiência física e quase a metade deste total (46,8%) têm grau intenso ou muito intenso de limitações.