A Justiça Federal é desafiada, mais uma vez, a tomar posição sobre um crime do regime militar. Depois da decisão histórica sobre o atentado do Riocentro, cabe agora resolver se cinco militares apontados como responsáveis pela morte do ex-deputado Rubens Paiva, assassinado sob torturas entre os dias 21 e 22 de janeiro de 1971, devem ir para o banco dos réus. Na denúncia, que chegou nesta segunda-feira à 4ª Vara Federal Criminal, o Ministério Público Federal (MPF) sustenta que a morte de Paiva, por ser um crime de lesa-humanidade, não prescreveu nem foi perdoada pela Lei de Anistia de 1979.