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Economia
Sexta - 06 de Dezembro de 2013 às 18:13

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A OSX informou nesta sexta-feira que a plataforma FPSO OSX-3 iniciou a produção de petróleo para a petroleira OGX no campo de Tubarão Martelo, na Bacia de Campos.


 
Em comunicado à parte, a petroleira do empresário Eike Batista informou que a produção em Tubarão Martelo, nos blocos BM-C-39 e BM-C-40, foi iniciada por meio do poço horizontal TBMT-8H.


 
No começo de julho, a OGX anunciou a desistência de investir em alguns campos na Bacia de Campos antes considerados promissores. Desde então, Tubarão Martelo é apontado como o principal ativo da companhia.


 
A FPSO OSX-3 tem capacidade para processar até 100 mil barris de óleo por dia, e pode estocar até 1,3 milhão de barris, segundo informações do site da OSX.


 
Crise


 
A endividada petroleira OGX, do empresário Eike Batista, pediu recuperação judicial na 4ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro no fim de outubro. O pedido foi aceito pela Justiça.


 
A empresa declarou passivo consolidado de R$ 11,2 bilhões no pedido de recuperação judicial. O pedido de recuperação da empresa já era amplamente esperado, depois que fracassaram as negociações com detentores de US$ 3,6 bilhões em bônus da OGX no exterior para uma reestruturação da dívida.


 
Se o tribunal de falências aprovar o pedido, a OGX terá 60 dias para apresentar um plano de reestruturação da empresa. Esse é o último recurso antes da decretação da falência.


 
De acordo com o advogado Leonardo Theon de Moraes, especialista em direito comercial, a OGX agora precisa explicar como fará, passo-a-passo, para alcançar a sua recuperação, conservar a manutenção das suas atividades empresariais e, se possível, o emprego dos trabalhadores e o pagamento de todos os credores”, diz o advogado.


 
Segundo ele, o ponto “frágil” desta etapa esta no fato de que o plano precisa ser aprovado pelos credores. “Muitas vezes, os credores buscam única e exclusivamente a satisfação dos seus créditos, deixando de lado o principal aspecto da recuperação judicial, que é a continuidade da atividade empresarial. Quando os credores estão preocupados única e exclusivamente com o pagamento dos seus créditos, dificilmente a empresa em recuperação irá superar a crise, e cai em um estado de insolvência que certamente acarretará na falência”, completa.


 
Conforme o advogado, caso a recuperação não seja eficaz os acionistas estarão na última linha de prioridades de pagamentos, e receberão o seu saldo na liquidação dos ativos apenas após o pagamento de todos os credores. “É improvável que reste alguma quantia, o que é muito pouco provável já que hoje - antes mesmo de um possível processo de recuperação, eles possuem um ativo já de pouco valor”.




Fonte: Reuters

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