Cuiaba Reporter - cuiabareporter.com.br
Policia MT
Terça - 03 de Dezembro de 2013 às 07:38

    Imprimir


A diretora da Unemat em Juara (300 km de Sinop), professora doutora Lisanil da Conceição Patrocínio Pereira, anunciou, ontem, em entrevista coletiva, que tem recebido ameaças de morte, por telefone celular, há cerca de uma semana. Ela já procurou a polícia e o Ministério Público e relatou as mensagens que recebe desde o útimo dia 24. Ela informou os números dos quais partiram mensagens, além de algumas ligações. A professora informou que uma das mensagens tem o seguinte conteúdo:  "vc não se intimida, espere para ver o que vai acontecer contigo quando eu colocar as mãos em você", algumas mensagens diziam: "fogo é perigoso, não é?". Ela também relatou que o suspeito "passou a dizer as características" do local onde ela reside. "Essas mensagens estavam vindo no número institucional, que estranhamente após diálogo com pessoas próximas de mim, tomamos a decisão de fazer o boletim de ocorrência, o celular sumiu, no entanto, as mensagens passaram a vir na linha 65", acrescenta Lisanil.


 
Ela reltou que, durante jantar com o palestrante de um curso, no dai 27, recebeu a mensagem "o teu passado vai lhe acompanhar sempre e eu também, bom apetite". A diretora do campus disse que procurou a Polícai Civil no dia 28 "para falar com o delegado, que não foi nada tranqüilizador. Ele me disse que se alguém quer me matar não há nada que se possa fazer para impedir, eu que me defenda, nem que seja com caminhão tanque". A preocupação aumentou com a mensagem recebida  o dia 29:  "A sua morte é uma questão de tempo, pouco tempo".


 
"Liguei no Ministério Público e pedi para o promotor criminal me atender, que estava em audiência e pediu para a assessora me retornar para eu ir fazer o relato, que ele, assim que pudesse, iria me atender ainda no mesmo dia. Assim eu fiz e o promotor me atendeu e disse que iria pedir nessa mesma data a abertura de inquérito, mas, que a quebra dos telefones dependeriam do juiz", relata
Lisanil também informou que, no dia seguinte, as mensagens vieram de outro número relatando onde mora o meu filho e que iria visitá-lo. A outra dizia: "nem tente me denunciar que vou acabar com você". No sábado (30) a mensagem dizia: "coragem de atender o telefone você não tem, mas fazer BO você sabe, pensa que isso me põe medo?"


 
Lisanil Pereira também informou que uma professora com quem divide a casa há cinco anos, passou a receber mensagens, "pedindo que ela saísse de perto de mim, que não era nada com ela, dando a entender que quando fosse me atacar, quem estivesse por perto seria prejudicado, uma das mensagens dizia "as ruas são escuras" ou seja, podia não identificar, pode ser eu ou ela".


 
A diretora afirmou que "não há dúvidas que é alguém de dentro da Unemat, e está claro, ligado às denúncias infundadas que fui vítima nos últimos meses e, que agora eu estou processando, um a um, por denúncia caluniosa com a intenção de me prejudicar, injúria e má fé. Outro motivo estaria ligado à banca do concurso público da Unemat da qual fui tirada, sem ao menos ser avisada. Os mesmos que denunciaram a minha participação pensam que pedi para serem reprovados (não tenho esse poder). Também pode estar ligado à atribuição de aulas para interinos, pois as pessoas que me apoiam tem um BAREMA maior. Uma das professoras que participaram da contagem de pontos disse que eu só coloco alguns nos meus projetos", emendou.


 
"Há sete anos estou neste campus. No decorrer desse tempo foram muitos projetos e muitos bolsistas, no decorrer desse tempo, sofri várias tipos de agressões, verbal, física, inclusive, ameaça que circula por redes sociais, de jogar gasolina em mim. Mas, acho que agora chegamos a uma situação que não posso me calar. Espero que a minha morte não se concretize, espero continuar lutando por uma educação pública de qualidade", concluiu Lisanil da Conceição Patrocínio Pereira





Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: http://cuiabareporter.com.br/noticia/1406/visualizar/