O déficit em transações correntes – que é formado pela balança comercial, pelos serviços e pelas rendas, um dos principais indicadores das contas externas brasileiras – ficou em US$ 5,145 bilhões em novembro, informou o Banco Central nesta quarta-feira (18), ao mesmo tempo em que os investimentos estrangeiros diretos no país somaram US$ 8,334 bilhões.
No acumulado em 12 meses encerrados no mês passado, o déficit em conta corrente do país ficou em 3,66% do Produto Interno Bruto (PIB).
Economistas consultados pela Reuters previam saldo negativo da conta corrente de US$ 4,8 bilhões no mês passado, pela mediana de 17 estimativas variando entre déficit de US$ 4,2 bilhões e US$ 5,6 bilhões.
A pesquisa também indicou que as expectativas eram de que o investimento estrangeiro direto ficaria em US$ 5 bilhões no mês passado.
Previsões
O Banco Central prevê que o país terá déficit em transações correntes em 2014 praticamente igual ao deste ano, cuja projeção foi elevada, ao mesmo tempo em que não espera volume maior de investimentos produtivos vindos de fora e insuficientes para cobrir o rombo.
Para 2013, o BC elevou nesta quarta-feira a projeção do saldo negativo da conta corrente do país a US$ 79 bilhões, ante previsão anterior de resultado negativo de US$ 75 bilhões. Já no próximo ano, o BC calcula que o déficit será de US$ 78 bilhões.
A projeção para os Investimentos Estrangeiros Diretos (IED) é agora de US$ 63 bilhões neste ano, acima dos US$ 60 bilhões esperados antes, enquanto que para 2014 são também estimados US$ 63 bilhões.
Os rombos na conta corrente do país virão de maus resultados da balança comercial, com pequenos superávits, e com remessas de lucros e dividendos ainda fortes.
O BC manteve o cálculo da balança comercial em superávit de US$ 2 bilhões em 2013, e vê melhora para 2014, com expectativa de superávit de US$ 10 bilhões.
Para a remessa de lucros e dividendos, a projeção para 2013 foi mantida em US$ 24 bilhões e, para o ano seguinte, subiu a US$ 27 bilhões.
