Pelo menos 12 pessoas foram mortas em um vilarejo no nordeste da Nigéria, em um ataque atribuído pela polícia e pelos moradores a um comando do grupo islâmico Boko Haram.
O ataque aconteceu na quinta-feira (21), na pequena cidade de Sandiya, no estado de Borno. Foi divulgado apenas neste sábado, em função da interrupção das comunicações por celular por parte do governo para tentar conter o Boko Haram.
Sandiya fica a 85 quilômetros da capital do estado, Maiduguri, considerada um reduto do grupo islâmico.
"Os bandidos invadiram a comunidade e mataram 12 pessoas", declarou o chefe da polícia do estado de Borno, Lawal Tanko, em um comunicado.
Os agressores também queimaram casas e roubaram vários veículos, segundo ele.
De acordo com Sabitu Ali, um morador de Sandiya, mais de 30 combatentes de Boko Haram surgiram na localidade, a bordo de vários veículos, "cantando "Allahu Akbar" (Deus é grande) e atirando para todos os lados".
"Eles queriam se vingar", porque "eles nos acusam de colaborar com as forças de segurança para persegui-los", acrescentou.
Nesses últimos meses, os ataques atribuídos ao Boko Haram deixaram centenas de civis mortos.
A ofensiva lançada pelo governo nigeriano contra o grupo tirou-os dos grandes centros urbanos, mas os ataques continuam em cidades isoladas como Sandiya.
Considerado uma organização terrorista pelos Estados Unidos, o grupo Boko Haram reivindica a criação de um Estado islâmico no norte da Nigéria, majoritariamente muçulmano. Na última quarta, o governo estendeu por mais seis meses o estado de emergência nessa região.
