As duas adolescentes de Uberlândia, de 14 e 15 anos, que haviam sumido após combinarem pelo Facebook uma fuga voltaram para casa na madrugada desta sexta-feira (22). Elas desapareceram na última quarta-feira e, através da rede social, chegaram a colocar uma lista com o que era necessário levar.
O pai de uma das garotas, que preferiu não se identificar, contou ao G1 que encontrou as adolescentes em Brasília (DF) e que elas pegaram cinco caronas para chegar ao local. “Recebi uma primeira informação de que elas estavam em Uberaba. Com a ajuda de uma psicóloga da Guarda Municipal consegui falar com a minha filha e trocamos algumas mensagens pelo celular. Ela sentiu segurança e acabou me dizendo onde estava e eu fui buscá-la”, disse.
O homem garantiu que a filha e a amiga dela estão bem. Para o pai, elas relataram que ficaram mais de 30 horas sem comer e sem dormir e que nem sequer sabiam onde estavam. “Não tinha motivo para ela fugir. Ela nunca havia dormido fora de casa e nesses dias que estava sumida ficamos muito preocupados. Foi um alívio encontra-la bem”, afirmou.
Relembre o caso
Em entrevista concedida ao G1, na quinta-feira (21), os pais das adolescentes contaram que ficaram sabendo da fuga por meio de uma ligação da escola informando que as adolescentes não foram à aula. Um Boletim de Ocorrência foi feito e, segundo a assessoria de imprensa da Polícia Militar, uma das garotas chegou a ligar para os pais pedindo um tempo antes de voltar para casa.
A mãe de uma delas, que não quis ser identificada, disse por telefone que as jovens se encontraram por volta das 12h35 em uma praça da cidade e que depois sumiram. Para a reportagem, ela também contou que elas foram vistas por um frentista de um posto de combustíveis enquanto entravam em um caminhão na beira da rodovia. Em seguida, o frentista reconheceu as meninas e entrou em contato com a família. "Começamos a postar fotos e mensagens no Facebook delas e, foi através das mensagens, que o frentista amigo do irmão de uma das meninas afirmou que as viu", explicou.
A mãe ainda relatou que as únicas informações que tiveram foi que o caminhão em que elas entraram era branco, tinha baú e estava seguindo sentido Uberaba. Só depois destas informações é que ela chamou a polícia e fez um boletim de ocorrência.
Na quinta-feira (21) ocorreu o primeiro contato. A mãe contou ao G1 que viram uma mensagem no celular e que as adolescentes alegaram que não iriam voltar para casa e que estava tudo bem. "Elas também não disseram onde estavam", afirmou.
A mulher também ressaltou que não havia motivos para que elas fugissem. “Não brigamos, estava tudo bem e uns brincando com os outros. Até montamos a árvore de Natal. Não estou entendendo por quê minha filha fugiu”, relatou.
