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Polícia Brasil
Sexta - 22 de Novembro de 2013 às 08:41
Por: Jardel P. Arruda

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O suposto esquema de agiotagem e lavagem de dinheiro investigado pela Polícia Federal na operação Ararath envolveria personagens da política de Mato Grosso e do Poder Judiciário, segundo informou Kharina Nogueira, uma das principais testemunhas do caso, ex-mulher de Gércio Marcelino Mendonça Júnior, mais conhecido como Júnior Mendonça, homem acusado de ser o “bate estaca” – aquele que faz valer a vontade - do que seria um cartel dos combustíveis em Mato Grosso e um dos alvos da investigação.


 
“Esse esquema é muito maior que a ‘Arca de Noé’”, disse a colunista social ao Olhar Direto, fazendo referência a operação deflagrada em 2002, pela Polícia Federal, que culminou com desmantelamento do crime organizado chefiado por João Arcanjo Ribeiro. A ação é lembrada como uma das maiores e mais bem sucedidas da história de Mato Grosso.


 
Kharina se nega a revelar à imprensa qualquer nome de quem supostamente negociava com seu ex-marido, que segundo ela operava um esquema de lavagem de dinheiro e agiotagem. Ela prefere não dizer quem faria parte da falange do grupo que atua politicamente. A participação de membros do Judiciário no esquema seria com a venda de sentenças favoráveis ao cartel.


 
Contudo, ela acredita que a Polícia Federal conseguirá reunir todas as provas necessárias para prender todos os envolvidos. Ela passou o dia todo na sede da PF em Cuiabá prestando depoimento sobre o caso. 


 
A Operação


 
A operação Ararath foi deflagrada no dia 12 de novembro, quando a Polícia Federal cumpriu 11 mandados de busca e apreensão para coletar provas materiais e dar continuidade as investigações de um suposto esquema de lavagem de dinheiro e agiotagem. Entre os locais “batidos” pela PF estavam a cobertura de luxo de Júnior Mendonça, no condomínio Maison Paris, em Cuiabá, e postos de combustíveis da rede Amazônia Petróleo, da qual ele é sócio.


 
Júnior Mendonça era sócio proprietário da factoring “Globo Fomento Mercantil”, empresa que, segundo a PF, foi usada como fachada para negócios de agiotagem e lavagem de dinheiro. 


 
Todas as transações financeiras supostamente ilegais eram movimentadas através de contas da factoring e da rede Amazônia Petróleo. Por enquanto, as investigações detectaram a movimentação ilegal de R$ 500 milhões nos últimos seis anos, mas a quantia pode ser maior.





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