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Agronegócios
Sábado - 16 de Novembro de 2013 às 15:58

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Até o final do ano, o programa Minas Leite vai atender a 1,3 mil propriedades. O projeto está mudando os conceitos dos tradicionais produtores de leite sem perder as características da agricultura familiar. O programa é uma parceria do Estado com cooperativas, sindicatos, associações e laticínios. A assistência técnica da Emater-MG é direcionada de uma forma contínua para o desenvolvimento do projeto a médio e longo prazo dentro da realidade de cada produtor.



 
Os produtores que entram no projeto aceitam a principal condição, que é a de atender à risca a todas as determinações dos técnicos. O programa identifica as características das regiões leiteiras no Estado e trabalha para melhorar a eficiência da mão de obra.



 
– Nós temos o objetivo de atender três propriedades por técnico durante o ano todo. Daqui para frente, outra forma de expansão do programa é através de parcerias com cooperativas, sindicatos, e até mesmo secretarias municipais de agricultura, que têm um corpo técnico que pode fazer o acompanhamento deste projeto – afirma o coordenador técnico regional da Emater-MG, Ademar Franco Guimarães.



 
Em sete anos, o programa Minas Leite vai mudando o jeito tradicional dos produtores. No diagnóstico dos técnicos, prevaleceu o velho ditado dos mineiros: muitas vacas e pouco leite. E a maioria dos produtores não sabe quanto custa para produzir cada litro.




Foco na produtividade



 
A mão de obra exclusivamente familiar está em 33% das propriedades. Mais da metade tem contratação eventual de um funcionário. Apenas 14% conseguem manter um trabalhador fixo. O tamanho médio das propriedades é de 63 hectares, com uma media diária de 177 litros de leite. Os produtores que recebem assistência do Minas Leite são orientados para utilizar tecnologias simples e de baixo custo, com foco na gestão e na melhoria da produtividade. Uma vez por mês, o técnico cobra os resultados.



 
– Tem cinco vacas que estão secas; dessas cinco vacas, tem algumas que estão perto de parir. Então, pelo índice dele, está bom, mas tem alguma vaca que tem que melhorar – afirma o técnico da Emater, Carlos Miguel Couto.



 
O produtor de leite Moacir Moreira de Souza conta que o rebanho teve leptospirose por um tempo, o que pode estar refletindo na produtividade. Ele conta que tratou todas as vacas, mas que não sabe se foi o suficiente.


 
O técnico Carlos Miguel Couto acompanha de perto a evolução do produtor Moacir, que, em cinco anos, aumentou o rebanho de 13 para 25 vacas em lactação. Na produtividade, a eficiência passou de 60 para 290 litros por dia. De um ano para outro, já se nota a diferença. A produtividade média de 2012 foi entre 13 e 15 litros, e agora está perto dos 18 litros por vaca ao dia. É um conjunto de fatores que passa pelo planejamento de uma boa alimentação. Moacir produziu 250 toneladas de silagem e quer chegar em 400 toneladas no próximo ano. Na experiência com orientação tecnificada, ele vai aprendendo e se tornando mais eficiente.


 
– Quando você vai descobrindo o jeito certo de tratar de uma vaca, conhecendo mais o rebanho e a genética que você tem, o que ela exige e o que ela pede, é importante, dá diferença nos custos e o resultado final é melhor, a margem de lucro aumenta.


 
Segundo Couto, a produção de Moacir já apresenta mudanças.


 
– Já tem os componentes de custo. Já acompanha bem a parte técnica. Os planejamentos para o período seco no ano, faz com uma certa reserva. Com sobra até de silagem aqui. Os animais vem, a cada ano, aumentando de dois a três litros em média. Redação Clichoje/CANAL RURAL





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