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Economia
Sexta - 15 de Novembro de 2013 às 22:37
Por: RODRIGO VARGAS

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Diárias cobradas por hotéis de Cuiabá e Várzea Grande para o período da Copa do Mundo, entre junho e julho de 2014, registram aumentos de até 350% em relação aos preços atuais. 


 
O levantamento, feito pelo Diário nos 13 estabelecimentos cadastrados e que ainda têm vagas disponíveis para reserva no site oficial de hospedagem da FIFA (hotels.fifa.com), revelou uma "inflação" média de 142%. 
 
 
O serviço é operado Match Services AG, empresa com sede em Zurique (Suíça) e que detém a exclusividade junto à FIFA para vender, mediante um percentual de comissão sigiloso, pacotes de hospedagem para o período do torneio. 


 
Entre os hotéis locais que firmaram contratos com a empresa, o que apresenta o maior percentual de aumento é o Golden Tulip Pantanal. A diária mínima no estabelecimento, que era de R$ 169,95 nesta semana, custa R$ 768 para o período da Copa. Uma diferença de 351,9%. 


 
No Hotel D"Luca, o mesmo levantamento apontou um salto de 205,9% na tarifa mínima: de R$ 170 para R$ 520. Em terceiro lugar, o Hotel Mato Grosso Palace consta no site com diárias a partir de R$ 439, aumento de 158,2% em relação ao preço atual. 


 
A comparação foi feita com base nos valores ofertados em sites de reservas de viagens on line e, em alguns casos, em consulta direta ao setor de reservas dos hotéis listados. Em termos nominais, a diferença média foi de R$ 200. 


 
O resultado não é diferente do registrado em outras sedes. Em agosto, a Embratur encaminhou à FIFA e ao setor hoteleiro um ofício alertando para o "estratosférico crescimento das tarifas". 


 
"Evidentemente que períodos de maior demanda implicam reajustes de preços, contudo o que se questiona é o patamar em que isso pode ocorrer, já que a chamada "lei da oferta e da procura" certamente irrevogável, também não pode ser absolutizada ao ponto de conduzir a absurdos", disse a entidade, no comunicado. 


 
A Embratur culpa a ação da operadora da FIFA, que teria adquirido antecipadamente o controle de fatias entre 19% e até 46% das vagas de hotel nas sedes e, por conta disso, impõe sua política de preços ao mercado. 


 
Em entrevista à Folha de S. Paulo nesta semana, a Match disse que a definição das tarifas foi feita pela rede hoteleira e que seu objetivo é oferecer hospedagem "em termos justos e com preços razoáveis". 


 
O DIÁRIO procurou o presidente do Sindicato Intermunicipal dos Hotéis (SHRBS), Luiz Carlos Nigro, proprietário da rede de hotéis Mato Grosso (que tem dois estabelecimentos entre os cinco que mais registraram aumentos para a Copa). Ele não pôde atender a reportagem. 


 
A direção do Golden Tulip disse que a política de preços para a Copa é definida pela gerência da rede em São Paulo. No Hotel D"Luca, a gerência disse desconhecer os preços apresentados no site da FIFA.





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