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Quarta - 13 de Novembro de 2013 às 17:07

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Luciano Tolentino/ Reprodução EPTV
Móveis são feitos com refugo e até exportados
Móveis são feitos com refugo e até exportados
O amor pela arte faz com que madeiras velhas e de demolição virem móveis nas mãos de alguns marceneiros em Passos (MG). Eles aproveitam refugos de demolições no Paraná para a criação de peças rústicas, que são exportadas para outros estados e até mesmo países.



Passos é considerada um polo no setor moveleiro e na cidade existem pelo menos 200 estabelecimentos voltados para venda e produção deste tipo de móvel, que é sustentável, já que a matéria prima vem da demolição de antigas casas de madeira que estão sendo substituídas por casas de alvenaria.


 
O dono de uma madeireira, Carlos Ramiro Batista, confessa que muitas vezes o que é considerado sem utilidade ganha formas através do trabalho. “Além de vender o produto bruto aqui, fazemos móveis que são vendidos para todo o país. A madeira de demolição é mais bonita, a rusticidade dela a deixa mais atrativa e os móveis são únicos, não dá para encontrar outros iguais”, contou.


 
A criação dos móveis começa no papel. Em seguida, a madeira é cortada e vai para o marceneiro e em menos de uma semana está pronto. Cada peça pode ganhar novas caras, basta inserir vídeos, ferros ou estofados. Os preços são variados, o mais barato sai por R$ 100 e o mais caro chega a custar de R$ 6 mil.


 
Quem gosta é a empresária Maria Albina Zero Moraes. A paixão por móveis rústicos a acompanha desde pequena. Na casa dela, há peças com mais de 20 anos e a madeira é encontrada em forma de mesa, como moldura de espelho, nos quadros, na estante e até mesmo no armário do banheiro. “O bom é que quando você se cansa, os móveis podem ser reaproveitados e transformados em outros. Dá para arrastar, mudar de lugar, além de ser fácil de cuidar. A madeira pode ser aproveitada para virar outras coisas”, comentou.


 
Já Keila Aparecida Silva, dona de uma fábrica de móveis há 30 anos, afirmou que a procura por peças rústicas aumentou. “Cresceu em torno de 60% a procura, porque é uma madeira de maior qualidade e que dura mais”, disse.


 
E a tendência é mesmo reaproveitar. Com a proximidade das festas de final de ano, muita gente quer deixar o ambiente mais bonito só que uma das fábricas não pega mais encomendas este ano e corre para abastecer o mercado interno e externo. Segundo a gerente de produção, Sônia Cristina Cavalini, a produção vai até para Israel. “Já faz seis anos que vendemos para Israel e o setor tem crescido muito, principalmente de uns cinco anos para cá. Mais pessoas montam lojas e nos procuram, além de clientes particulares”, destacou.





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