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Economia
Quarta - 13 de Novembro de 2013 às 07:11

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O principal índice da Bovespa fechou em queda na tarde desta terça-feira (12), guiado pelas ações do Banco do Brasil, após o banco estatal divulgar seu resultado trimestral, e pela Petrobras. As ações da OSX subiram quase 20%, após terem a negociação suspensa na véspera.


 
Na semana, a bolsa tem queda de 0,85% e no mês, de 4,52%. No ano, a desvalorização é de 15,01%.
A as ações da OSX, empresa de construção naval controlada por Eike Batista, voltaram a ser negociadas na Bovespa nesta terça, e fecharam com alta de de 19,60%, cotadas a R$ 0,61.


 
Banco do Brasil aprofundou perdas para mais de 5%, segundo dados preliminares, liderando as maiores quedas do índice desde o início do dia. A instituição financeira anunciou lucro líquido 0,9% menor para o terceiro trimestre e voltou a cortar projeções de desempenho para o ano.


 
"O resultado foi "ok", mas o mercado continua um pouco preocupado com inadimplência, que veio um pouquinho maior... O mercado vê esse resultado e começa a olhar para a frente, como vai ser em 2014, quando talvez tenhamos novamente uma economia não muito forte", afirmou o analista Felipe Rocha, da Omar Camargo Corretora. Ele acrescentou que o papel do BB teve alta expressiva no mês passado, de 15%, e estava sujeito à realização de lucros.


 
A preferencial da Petrobras também ajudava a puxar o índice para baixo, depois de ter avançado brevemente em reação à notícia de que o Conselho da estatal se reunirá na tarde desta terça-feira.


 
Os papéis da estatal voltaram para terreno negativo após declaração do ministro da Fazenda, Guido Mantega, de que a reunião não tratará de reajuste de combustíveis.


 
As ações da mineradora Vale também ajudaram a puxar o Ibovespa para baixo, mas o movimento de queda era generalizado, com pouco mais de dez das 72 ações do índice operando no azul.


 
"A bolsa tentou subir um pouco ontem, mas o fato é que está caindo desde o final de outubro, depois de chegar quase até os 57 mil pontos, iniciando uma realização de lucros e até uma queda com base em notícias internas não tão boas", afirmou o especialista em renda variável Rogério Oliveira, da Icap Brasil.
Ele referiu a dados sobre o crescimento econômico e a situação fiscal do país.


 
China e EUA


 
Oliveira acrescentou que novembro costuma ser um mês mais devagar para a bolsa, marcado pela retração principalmente dos investidores estrangeiros, que já começam a fechar suas contas anuais. "É como se o pessoal já tivesse feito suas apostas e, nesse mês, a coisa meio que se arrasta", disse.


 
No cenário macroeconômico, a promessa do Partido Comunista da China de deixar os mercados desempenharem um papel "decisivo" na alocação de recursos não bastou para animar as bolsas.


 
Investidores continuaram temerosos quanto a uma possível redução antes do esperado do programa de estímulos do Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, após a divulgação de números fortes do mercado de trabalho na última sexta-feira.


 
Na quinta-feira, Janet Yellen, indicada para suceder o atual chairman do Fed, Ben Bernanke, será sabatinada pelo Comitê Bancário do Senado dos EUA, que a avaliará antes de decidir sobre o envio de sua indicação para aprovação total do Senado.





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