Este ano, 2013, desponta como um dos mais quentes da história, de acordo com um relatório da Organização Meteorológica Mundial (OMM) divulgado nesta terça-feira na Conferência contra a Mudança Climática (COP19), realizado em Varsóvia.
No documento, a COP19, inaugurada ontem, revela que a temperatura média mundial entre janeiro e setembro de 2013 foi aproximadamente meio ponto superior à registrada entre 1961 e 1990.
O aumento do nível do mar fez com que as regiões litorâneas estejam mais vulneráveis as tempestades, como se pôde comprovar nas Filipinas, cuja região central ficou arrasada após o passagem do tufão Haiyan, que deixou pelo menos dez mil mortos.
No entanto, a OMM reconhece que os desastres naturais estão vinculados a muitos fatores, não só a mudança climática.
O documento elaborado sobre o estado do clima mundial em 2013 também aponta que durante este ano as temperaturas mais quentes foram registradas na Austrália, enquanto em 2012 esse fenômeno se deu nos Estados Unidos.
A OMM também chamou a atenção para as concentrações atmosféricas de dióxido de carbono e outros gases do efeito estufa, que tiveram um novo recorde em 2012 e devem alcançar níveis sem precedentes em 2013.
Ao mesmo tempo as secas, inundações e precipitações extremas confirmam que o ciclo de água também está sofrendo variações.
Embora a relação entre a mudança climática e a frequência dos ciclones tropicais ainda esteja sendo investigada, é previsível que o aquecimento global faça com que o impacto destes fenômenos naturais seja mais intenso.
A declaração provisória da OMM volta a confirmar que o nível do mar aumentou e neste ano também alcançou um novo recorde histórico. Desde 1993 o nível dos mares e oceanos aumenta em média 3,2 milímetros por ano.
O nível do mar seguirá aumentando devido ao derretimento das calotas polares e as geleiras, dizem os especialistas, já que mais de 90% do excesso de calor gerado pelos gases do efeito estufa é absorvido pelos oceanos.