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Economia
Sábado - 09 de Novembro de 2013 às 11:41

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A produção de madeira proveniente de projetos de manejo florestal, em Mato Grosso, cresceu nos últimos três anos, enquanto as autorizações de desmate retraíram no mesmo período. O cenário é evidenciado pelos dados do sistema Sisflora da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema). 

No intervalo compreendido entre 2010 a 2012, a quantidade de madeira originada dos Projetos de Manejo Florestal Sustentável (PMFS) aumentou 57,09%, enquanto que o número de autorizações emitidas pela Sema para exploração nessas áreas evoluiu 17,12%, ou seja, a produção cresceu quase 3,5 mais do que as licenças. 

No ano passado, foram emitidas 212 autorizações sem reposição, ou seja, de PMFS o que corresponde a 4.375 mil metros cúbicos ou 85,02% do total autorizado. Em 2010, o volume se limitou a 2.785 mil (68,13%) metros cúbicos referentes a 181 autorizações, conforme apurado pelo Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato Grosso (Cipem), com base nos dados do sistema Sisflora/Sema. 

Comparando ainda os números de 2012 com 2010, notou-se que as autorizações de desmate – chamada corte raso e que permite o uso da madeira visando à conversão da floresta para uso alternativo do solo – retraíram 50%. 

Em 2012 foram emitidas 35 autorizações de Plano de Exploração Florestal (PEF) corte raso, 50% menor ante o total aprovado em 2010. Dessas áreas foram obtidos 708 metros cúbicos de madeira ou 13,77% do total autorizado em 2012, sendo 35,10% a menos que em 2010, quando chegou a 1.091 mil metros cúbicos (26,69%) no Estado. 

PARCIAL - Dados disponibilizados pelo órgão ambiental do Estado mostram ainda que no fechamento de outubro foi aprovada a exploração de 4.387 mil metros cúbicos de madeira por meio de 209 autorizações. Deste total, 77,99% ou 3.421 mil metros cúbicos são originários de Planos de Manejo Florestal Sustentável (PMFS). Quase todo o restante – 14,83% ou 650 metros cúbicos – envolvem autorizações em Planos de Exploração Florestal (PEF) corte raso. 

Para a superintendente de Desenvolvimento Sustentável do Cipem, Sílvia Fernandes, a redução nas autorizações de corte raso poderia ser maior se o órgão ambiental operasse com mais agilidade. “Fazendo o comparativo, percebemos que o manejo florestal sustentável se fortaleceu no Estado e mais áreas de floresta nativa foram protegidas do corte raso”. 





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