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Economia
Segunda - 16 de Dezembro de 2013 às 18:45

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 "Nós colocamos o Brasil na categoria de um País que conta com as melhores indústrias e representa um aliado e um concorrente, mas estamos em um mundo que temos que trabalhar juntos. Vamos olhar a economia brasileira pelo que ela já é e o que ela será", disse o presidente do país europeu, François Hollande, durante participação no Encontro Econômico Franco-Brasileiro. Até novembro, a corrente de comércio entre os dois países estava em US$ 9, 2 bilhão e o Brasil possuí um déficit de US$ 2, 9 bilhões.


 
O evento foi promovido na última sexta-feira pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Hollande chegou ao Brasil na última quinta-feira acompanhado de autoridades e empresários. Entre os acordos firmados na visita estão a mudança do regime de vistos. A partir de agora os brasileiros podem morar, trabalhar e estudar na França sem a necessidade de visto por um período de um ano. O acordo também vale para os franceses que desejam morar no Brasil.


 
Também foram firmados dois acordos entre a França e o Estado de São Paulo. Um deles estabelece relações formais de cooperação diretamente entre o estado e a França. Um dos resultados da parceria é o financiamento da Agência Francesa de Desenvolvimento em mobilidade urbana, no valor de cerca de R$ 960 milhões. O outro acordo foi firmado com a região de Île-de-France e é uma parceria que estabelece o irmanamento entre São Paulo e a região na área de sustentabilidade e desenvolvimento Urbano.


 
A presidente Dilma Rousseff, que também participou do encontro na Fiesp, disse que o volume das trocas entre os dois países justifica eventos como o Encontro Econômico Franco-Brasileiro, mas o volume ainda poderia "ser melhor".


 
"A França é um dos nossos principais parceiros, temos que elevar o nível das trocas em qualidade e volume, o futuro acordo da Europa com o Mercosul facilitará a relação. O Brasil já está pronto para fazer as ofertas em janeiro", explanou a presidente. O governo brasileiro, segundo Dilma, está comprometido em incentivar o investimento francês no País e as duas nações só têm a ganhar com isso. Ela citou que o Brasil têm uma demanda acelerada por infraestrutura e " as oportunidades de negócios também serão ampliadas com a Copa do Mundo e as Olimpíadas", completou.


 
O presidente da Fiesp, Paulo Skaf, salientou a importância do acordo entre Mercosul e União Europeia. "É fundamental o acordo Mercosul-União Europeia, eu dei um recado ao presidente Hollande que normalmente a França tem muita liderança dentro da União Europeia e normalmente a França coloca vários obstáculos, especialmente quando se refere à agricultura. O pedido que eu fiz ao presidente é que realmente a França passe a ajudar na conclusão das negociações Mercosul e União Europeia, que isso fará bem aos negócios, à nossa corrente de comércio e aos investimentos recíprocos", pontuou.


 
Um setor importante da economia brasileira que conta com presença de empresas francesas é o supermercadista, disse Dilma. "No mercado de bens de consumo Carrefour e Casino são muito bem-vindos, este é um setor estratégico com transferência de tecnologia, capacitação e empregos". Ela também disse que a França é vista pelas empresas brasileiras como um lugar possível para a internacionalização.


 
O presidente Hollande afirmou ainda que gostaria de aumentar os investimentos franceses no Brasil. Uma das áreas citadas por ele foi a energia. "O Brasil tem uma das matrizes energéticas mais verdes do mundo e queremos aprender com isso", disse. Ele também disse ver a área de agroalimentos como promissora, já que os dois países são fortes produtores agrícolas.


 
Dados da Câmara de Comércio França - Brasil (CCFB) apontam que de janeiro a maio deste ano as empresas que mais buscaram informação na instituição foram as do setor de serviços, com 32% do total. O setor agroalimentar ficou com 15%, empatado com o setor industrial (geral).


 
"A França tem uma corrente de comércio de US$ 1,2 trilhão, o Brasil tem uma corrente de US$ 500 bilhões o que totaliza 1,7 trilhão, no entanto nossa corrente de comércio com a França é de US$ 10 bilhões o que é praticamente insignificante, ou seja, nós podemos comprar e devemos comprar muito mais e vender muito mais para a França e a França comprar e vender muito mais para nós, assim como os investimentos ", completou o presidente da Fiesp.




Fonte: DCI

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