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Polícia Brasil
Sábado - 14 de Dezembro de 2013 às 20:56
Por: Alvaro Magalhães

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Nove em cada dez sequestros relâmpagos registrados na capital paulista ocorrem nas zonas sul e oeste da cidade, apontam dados da Secretaria de Estado da Segurança Pública obtidos pelo R7 por meio da Lei da Acessoà Informação.


 
Os crimes se concentram quase que exclusivamente em uma faixa da metrópole que vai de Perdizes ao Capão Redondo (veja mapa mais abaixo).


 
De janeiro a novembro de 2013, foram registrados 1.304 sequestros relâmpagos na cidade - o que equivale a um caso a cada seis horas.


 
O número já supera o total de ocorrências do ano passado. Em 2012, foram 1.208 casos - ou um a cada sete horas.  


 
Morumbi


 
A região do Morumbi é a que mais sofre. No 34º DP, foram 182 casos no ano. O número é bem superior aos 38 crimes ocorridos em 2012 - alta de 379%. A outra delegacia do bairro, o 89º DP, aparece em sétimo lugar na lista, com 57 sequestros relâmpagos - 217% a mais que os 18 crimes do ano anterior.


 
O sequestro relâmpago ocorre quando o criminoso mantém o refém sob seu poder por menos de 24 horas. Nem sempre as vítimas ficam apenas no carro. Em 16 de  agosto, um empresário e a mulher, rendidos na avenida Morumbi, ficaram por duas horas em um cativeiro na favela do Real Parque.


 
Um adolescente envolvido no caso acabou preso e o casal foi libertado, após o criminoso decidir rodar com as vítimas pelas ruas da região. Uma viatura da PM desconfiou. O infrator bateu o carro contra o protão de uma casa na rua Panomia e foi apreendido.


 
— Você já se imaginou encapuzado, sem enxergar nada, tudo escuro, ouvindo os bandidos falarem cochichando e você não sabe o que eles estão cochichando? — comentou uma das vítimas, logo após o crime, em entrevista à Record — Eles podem estar planejando te matar.


 
Para Celso Cavallini, presidente de um dos Consegs (Conselho Comunitário de Segurança) da região do Morumbi, às vezes o volume de ocorrências no bairro em um mesmo horário impede que a polícia faça o patrulhamento.


 
— Há um grande número de prisões em flagrantes e de encontro de veículos no Morumbi. Isso faz com que os policiais fiquem um tempo considerável registrando a ocorrência ou preservando locais de crime. O total de viaturas em patrulhamento, então, cai.
 

 
Butantã


 
Com 125 casos neste ano, o Butantã é outro bairro que teve grande alta. Em 2012, foram registrados 28 sequestros relâmpagos na região. A variação foi de 346%.


 
Em 8 de abril, por exemplo, assaltantes que mantinham um empresário refém em uma Toyota Hilux acabaram atropelando um motociclista ao fugirem da PM na Avenida Francisco Morato. O motoqueiro teve fraturas nas duas pernas.


 
Santo Amaro e Pinheiros


 
Já Santo Amaro, outro distrito com grande número de ocorrências, deve fechar o ano com menos casos que no ano passado. Até novembro, foram 129 casos, ante 172 em 2012 inteiro.


 
Pinheiros, com 115 registros, tem, por enquanto, uma alta de 24% em relação aos 93 casos de 2012.


 
O Campo Limpo, quinto distrito com maior número de registro, já possui um índice bem inferior a 100 ocorrências: foram 65 casos de janeiro a dezembro.


 
Metade da cidade sem sequestros


 
Os dados da Secretaria de Estado da Segurança Pública mostram ainda que metade dos 93 distritos policiais da capital tiveram um índice baixíssimo de registros.


 
Além dos 28 distritos que não tiveram ocorrência, outros 16 registraram um único caso neste ano. Mais cinco DPs tiveram dois sequestros relâmpagos de janeiro a novembro.


 
No total, são 49 regiões com dois ou menos sequestros. Nenhum deles é na zona oeste. Vinte e outo ficam na área leste da cidade.




Fonte: Do R7

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