O presidente ucraniano, Viktor Yanukovich, prometeu nesta quarta-feira (11) não recorrer à força contra as manifestações pacíficas, ao mesmo tempo em que pediu diálogo com a oposição, depois dos confrontos com a polícia em Kiev.
"Para poder chegar a um compromisso, peço à oposição que não rejeite as conversações e não continue no caminho do confronto e dos ultimatos", declarou Yanukovich em um comunicado.
Ele prometeu não recorrer à força contra os manifestantes pacíficos.
O primeiro-ministro ucraniano, Mykola Azarov, por sua vez, indicou que as operações policiais estavam destinadas apenas à "limpeza das vias públicas cobertas de neve".
Azarov assegurou que a entrada da Ucrânia na União Alfandegária proposta por Moscou não está sobre a mesa e afirmou que Kiev está disposta a assinar um acordo de associação com a União Europeia (UE) se receber 20 bilhões de euros em ajuda em investimentos.
Na Praça da Independência, a oposição gritou vitória depois que milhares de policiais antidistúrbios a abandonaram após tentarem recuperá-la durante a noite das mãos dos manifestantes.
"Aqui é onde é decidido o destino da Ucrânia!", lançou Arseni Yatseniuk, um dos líderes da oposição, a partir do palco instalado no centro da praça entre barracas e barricadas.
"Conseguimos!", declarou o líder nacionalista Oleg Tiagnybok.
"O poder tem medo dos ucranianos!", afirmou o líder do partido Udar, o boxeador Vitali Klitschko.