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Quarta - 09 de Julho de 2014 às 09:40
Por: Adamastor Martins de Oliveira

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Tony Ribeiro/MidiaNews
Delegado Silas Caldeira, titular da DHPP: tese de
Delegado Silas Caldeira, titular da DHPP: tese de "queima de arquivo" está afastada

A Polícia Civil prevê um prazo de dez dias para concluir o inquérito sobre a morte do ex-secretário de Estado, Vilceu Marchetti. 


Marchetti foi assassinado com dois tiros, em uma fazenda no Distrito de Mimoso, na região do Pantanal de Mato Grosso, na segunda-feira (7).

Segundo a Polícia, o ex-secretário administrava o local para o proprietário, Neri Fulgante, 80 anos, e ia à fazenda periodicamente. No dia do assassinato, ele estava acompanhado de dois netos.

Até o momento, o principal suspeito do crime é Anastácio Marafon, que havia chegado à fazenda há poucos dias e teria se irritado com um suposto assédio de Marchetti contra sua esposa.

Ele iria assumir a administração da fazenda no lugar do ex-secretário.

"Iremos fazer o levantamento do suspeito e da vítima, a vida pregressa de cada um deles, para detectar se há algum outro motivo. Vamos dar um apoio ao delegado de Leverger. Mas acreditamos que, pela veracidade dos fatos, por aquilo que foi falado pelas testemunhas, pelo próprio proprietário, por um dos netos da vítima, a versão dada pelo suspeito nos parece ser real"

Segundo o titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Silas Caldeiras – que acompanhou o início das investigações –, o delegado responsável pela condução do inquérito é Sidney Caetano de Paiva, de Santo Antônio do Leverger (27 km ao Sul de Cuiabá).

Para Caldeiras, a possibilidade de que o caso se trate de “queima de arquivo” ou qualquer outro motivo ligado ao passado de Marchetti, envolvido e condenado na esfera cível no caso conhecido como “Escândalo dos Maquinários”, está praticamente descartada.

“Nesse momento, descartamos isso, porque existe uma correlação muito grande entre todos os depoimentos tomados. Mas iremos ainda trabalhar, nesses dez, dias para saber se existe algum outro fato que exija nossa atenção”, disse.

“Iremos fazer o levantamento do suspeito e da vítima, a vida pregressa de cada um deles, para detectar se haveria algum outro motivo para a morte. Vamos dar apoio ao delegado de Leverger. Mas acreditamos que, pela veracidade dos fatos, por aquilo que foi falado pelas testemunhas, pelo próprio proprietário, por um dos netos da vítima, a versão dada por Anastácio nos parece ser real”, completou o delegado.

Até o momento, pelo menos dez pessoas que estavam na fazenda foram ouvidas pela Polícia Civil, incluindo o proprietário, o suspeito, Anastácio Marafon, e sua esposa, que não teve a identidade revelada, bem como os netos de Marchetti, ambos de 14 e 9 anos.

Segundo Silas Caldeira, Marafon foi autuado em flagrante por homicídio e, ao final das investigações, se houver uma qualificadora, ela será colocada no inquérito.

O titular da DHPP também confirmou que a Polícia aguarda, ainda, o resultado da necropsia.

“Assim, poderemos saber a trajetória de cada bala, se os tiros foram dados à queima-roupa e quantos disparos foram efetivamente feitos”, afirmou.

Detido

Anastácio Marafon segue detido em Santo Antônio do Leverger, enquanto a Justiça analisa o pedido, feito pela Polícia Civil, para transferi-lo para alguma unidade que tenha vaga disponível, possivelmente na Capital.

A Polícia Civil ainda não sabe afirmar se Marafon possui antecedentes criminais, apesar de ele negar ter passagem pela polícia.





Fonte: Midia News

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