O baixo peso de duas onças pardas que habitam o Zoológico da Universidade Federal - ligado a Faculdade de Medicina Veterinária da UFMT - tem despertado a atenção de visitantes. Por meio de aplicativos celulares e redes sociais, uma série de denúncias foram feitas citando, supostamete, a negligência com os animais.
No entanto, a chefe de serviço do zoológico, professora Sandra Corrêa rechaça a informação e explicou ao Olhar Direto que dois felinos (de um grupo de onças pardas) estão doentes e são submetidas a tratamento desde o final do ano de 2015 e que nenhum animal deixou de ser alimentado.
“Nós temos dois indivíduos com síndrome metabólica com quadro de problemas pancreáticos. Ou seja, possuem problemas de absorção semelhante ao de um humano e por isso recebem atendimento diferenciado. No total, o zoológico conta com dois grupos de onças (quatro onças pintadas e uma preta, além de outro grupo composto por cinco pardas).
Ainda conforme a professora, um felino criado em cativeiro possui estimativa de vida de 20 a 24 anos, e existe uma estimativa de idade dos animais que estão no zoo, que foram encaminhados após resgate. “Esses animais já estão na idade adulta para a senil e apresentam doenças que surgem com a idade. Nossa estimativa é de que esses animais já sejam adultos e que possuam mais de dez anos. Na verdade, as pessoas precisam entender que esses indivíduos começam a apresentar um quadro de debilidade, de doenças com o tempo. Nós, especificamente, realizamos um atendimento constante a esses indivíduos. Há o aporte médico, sempre”.
Sandra pondera ainda que há dois anos uma nova equipe foi montada e trabalha para conquistar o licenciamento ambiental, assim como a revitalização do espaço do zoo. As ações são realizadas em parceria com a Secretaria de Meio Ambiente (Sema), além do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Desde o ano de 2009, o local permanece embargado pelo órgão federal.
“O zoológico enfrenta dificuldade, mas as atividades não foram suspensas e a visitação continua. O embargo prevê limitação quanto à mobilidade dos animais”, explica. Hoje, a população do zoológico é de cerca de 600 animais entre aves, répteis e mamíferos.