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Quarta - 18 de Dezembro de 2013 às 17:56
Por: DÉBORA SIQUEIRA

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As obras do Veículo Leve sobre Trilho (VLT) na Avenida Prainha foram suspensas após a identificação de vestígios arqueológicos no Centro Histórico de Cuiabá.  


 
O tipo e a quantidade de objetos extraídos do subsolo durante as escavações pelo Consórcio VLT não foram divulgados nem pela empresa, nem a Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo (Secopa) ou pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).


 
Foi previamente acordado entre o Iphan e o Consórcio VLT que uma empresa, no caso, o Instituto do Homem Brasileiro, localizado no bairro Boa Esperança, seria responsável para abrigar os vestígios. 


 
O relatório do resgate arqueológico foi encaminhado para ser analisado pela superintendência do Iphan em Mato Grosso e em seguida remetido para Brasília, para ser analisado pelo Centro Nacional de Arqueologia do Iphan. 


 
Conforme a superintendente do Iphan em Mato Grosso, Marina Lacerda, o Centro de Arqueologia tem o prazo de 90 dias a partir de novembro quando o órgão recebeu o relatório do resgate arqueológico para autorizar ou não a continuidade dos trabalhos de escavação das obras do VLT na região do Centro Histórico. 


 
“Não embargamos a obra, o relatório do resgate arqueológico faz parte do processo de licenciamento”, explicou. 


 
Ela disse que enquanto os arqueólogos de Brasília não derem um parecer, não é possível dizer quais são os objetos históricos encontrados.


 
O secretário extraordinário da Copa do Mundo de 2014, Maurício Guimarães, disse que aguarda o aval do Iphan para continuar a obra do VLT. 


 
Por meio da assessoria de comunicação, o Consórcio VLT informou que a empresa não está autorizada a dar informações sobre os vestígios encontrados e limitou a dizer que tudo o que é encontrado no subsolo pertence à União e não pode ser filmado ou fotografado. 


 
O cuidado é necessário devido ao Córrego da Prainha ser uma estrutura histórica em Cuiabá e, portanto, precisa ser preservado.


 
A área foi minuciosamente estudada pelas equipes de engenharia civil (projetista e de produção) e ambiental, incluindo arqueologia e sondagens usando um scanner sobre o canal, que verificou a profundidade do córrego e outros elementos importantes para a definição do método construtivo.


 
O MidiaNews soube por uma fonte que foi encontrado um vaso, mas não houve nenhuma confirmação oficial. 


 
VLT na Prainha


 
Em toda a Tenente-coronel Duarte, entre a ligação da via com a Avenida XV de Novembro até à sede do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea-MT) – na Avenida Historiador Rubens de Mendonça (Avenida do CPA) –, está sendo feito o reforço do Canal da Prainha, para a implantação do VLT e integra o Eixo 1 (Aeroporto-CPA).


 
Orçado em R$ 1,477 bilhão, o projeto do VLT nos eixos 1 e 2 (Coxipó-Centro) é executado por Consórcio VLT Cuiabá-Várzea Grande, formado pelas empresas Santa Bárbara, CR Almeida, CAF Brasil Indústria e Comércio, Magna Engenharia Ltda. e Astep Engenharia Ltda.





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